segunda-feira, 25 de maio de 2015

Como escolher e aproveitar o maracujá




O maracujazeiro é uma trepadeira e ela ficava no alto, fazendo sombra para os carros na garagem. Não sei como eu fazia mas, com o meu um metro e meio da época, conseguia pegar o maracujá no pé e ia direto para a cozinha, pedir para algum adulto abrir para mim.

Eu comia a polpa com uma colher, uma metade de cada vez, lá mesmo dentro da casca. Colocava açúcar quase sempre, mas às vezes comia puro mesmo, porque era bom desafiar a minha tolerância ao sabor azedo. Gosto até hoje de sentir aquele calorzinho no bigode, rs! (#oversharing?)

Aquela era a variedade mais azeda dos que costumamos encontrar no Brasil, o “maracujá-amarelo” ou“maracujá-azedo” mesmo. É esse que você conhece, mais comum nos supermercados.

Também achava divertido conseguir engolir todas aquelas sementes. Dezenas de uma só vez!

Continuo adorando maracujá e comendo a fruta na casca – só que obrigatoriamente sem açúcar de segunda a sexta, por causa da dieta.

Nem preciso dizer que nunca tive dificuldade para escolher maracujá no supermercado, mas você pode não ter tido a mesma oportunidade de se familiarizar tão bem com esta fruta desde cedo como eu, então pode precisar de umas dicas.

O maracujá-azedo, que eu falei, é o mais comum de se encontrar. É esse amarelo que tem um formato de ovo (só que grande). A casca dele é grossa e lisa, mas começa a ficar enrugada conforme ele vai amadurecendo(igual a gente!). Quanto mais enrugada, mais escura a casca.

Isso não significa que quando a casca estiver bem enrugada, ele vai estar estragado. A verdade é que é exatamente quando o maracujá está com a casca enrugada que está no melhor momento para ser consumido.

O maracujá só não vai estar legal quando tiver rachaduras, manchas escuras ou quando a casca romper quando você apertar com o dedo.

Você também precisa checar se ele está com bastante polpa. Eu tenho mania de chacoalhar um por um para sentir qual está mais suculento por dentro, mas na verdade é pelo peso proporcional que você descobre.

Pegue um de cada vez e tente perceber o quanto eles são pesados para seus tamanhos (peso/volume). Os mais pesados relativamente, vão ter mais polpa, sempre.

Aquele teste do apertão com o dedo é legal porque a casca precisa ceder à pressão mas não pode se romper. Se der tudo certo, ele estará bom para o consumo imediato.

Além do maracujá-azedo, você deve encontrar o maracujá-doce. Ele parece um mamão papaia pequeno, só que de um amarelinho mais claro do que o do maracujá-azedo. Essa variedade de maracujá precisa ter a casca bem lisa e brilhante, mas também não deve ter rachaduras, manchas escuras e tem que resistir à pressão do seu dedo.

Tem também o maracujá-roxo, que é da mesma espécie do maracujá-amarelo (azedo) mas tem a casca mais escura e é bem menos ácido. Ele é muito difícil de se encontrar no Brasil, normalmente aparece nos primeiros meses do ano, assim como o maracujá-doce.

De forma geral, o maracujá dura de uma a duas semanas fora da geladeira, em ambiente seco. Se você achar que ele está ficando muito maduro, guarde na geladeira para conservar por mais tempo.

Eu gosto de frutas geladinhas, então guardo os maracujás por longos períodos na geladeira. Nunca estraga.

Abra a fruta ao meio para retirar a polpa e usar como quiser.

Para extrair as sementes, use uma peneira. É só passar a polpa fazendo pressão com uma colher, que facilita muito.




Via Socorro na Cozinha.

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