quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Conheça alguns mitos sobre o sapato de casamento



O sapato de casamento é uma das escolhas mais importantes da noiva. Ele é, literalmente, a base de tudo. Uma escolha equivocada pode gerar desconforto e arriscar a segurança do caminhar no altar. Por tudo isso, sabemos que não é uma tarefa fácil decidir qual tipo de modelo combina com você, com o vestido, com o seu pé e ainda vai te deixar diva até o final!

Por isso, trouxe um especial contando os 3 principais mitos sobre o temido sapato de casamento, que costumam aterrorizar as noivas. Trabalho com sapato há 7 anos, e já ouvi todas as maiores lendas urbanas que cercam esse universo, rs! Elas são disseminadas, compartilhadas e levadas à sério, mesmo sem qualquer aval de um profissional do assunto. É hora de desvendar os mitos e, finalmente, ter a liberdade de casar com o sapato dos seus sonhos, sabendo T-U-D-O sobre ele:

1 – Salto afunda na grama

Começo logo pelo mais polêmico e, talvez, o mais disseminado mito de todos: o salto alto afunda na grama! Bem, é mentira, e eu mesma já comprovei isso. Mas, é claro que, vai depender do tipo de grama que você vai pisar em cima, já que a qualidade do terreno é que altera o resultado neste caso.

Muitas noivas me procuram perguntando sobre saltos grossos ou até mesmo sapatilhas por terem medo de afundarem seus saltos na grama em seus casamentos no campo. E até pedem protetores de salto! Acontece que, os tais protetores fazem exatamente o que o nome diz: protegem o salto das sujeiras e de arranhões, mas não o impedem de afundar.

Para acabar de vez com esse dilema, aproveitei um casamento de uma amiga em terreno de grama e levei meu maior salto fino – 12 cm – e andei, andei, andei. Não só não afundei, como não finquei os pés em momento nenhum. A cerimônia tinha cadeiras na grama e eu fiquei de pé muito tempo. É mito, comprovado e testado! E com salto fino, hein (não agulha, porque esse sim afunda em qualquer solo mais poroso)!

Além do mais, a noiva não costuma passear pela grama antes de casar. Ela sempre tem um caminho até o altar composto por algum tecido, passarela, esteira, enfim, um terreno mais lisinho. As convidadas é que sofrem mais neste caso, e mesmo assim, não deixam de apostar em seus saltos altos. Portanto, noivas, libertem-se desta lenda urbana! Podem investir sem medo nos saltos mais baixos e médios, porque o campo não combina tanto com saltos mega altos – somente por isto, e não pelo fato de afundarem ou não.

O único porém é se tiver chovido momentos antes. Aí sim, o terreno pode se tornar mais encharcado e macio, pregando peças nos nossos pés enquanto caminhamos. A minha dica para esses casos é simples: basta treinar um pouco em casa antes – caminhar com o peso sobre os dedos e o peito do pé, e não sobre o calcanhar. Isso faz com que a maior superfície do sapato atinja primeiro o solo, não deixando tempo nem peso suficiente para fincar a superfície mais fina e provável de afundar, o salto. Simples mesmo, até quem não anda nunca de salto consegue! 






2 – Sapato com brilho é proibido para casamentos durante o dia

A segunda lenda urbana mais disseminada do país, absolutamente equivocada. Não só em relação ao sapato, mas também a vários outros acessórios da noiva, até mesmo partes do vestido.

O brilho está super em alta e muita gente adora, mas tem medo de investir por conta do mito. Então, saiba que se jogar no brilho não é proibido, não é exagerado, não é perua e dá aquele toque final ao look da noiva. Quando salpicado nos acessórios fica ainda mais diluído, discreto e elegante.

E digo mais: sempre sugiro aplicar brilhos transparentes salpicados pelo vestido, mesmo em casamentos matutinos. A razão é simples: os vestidos de noivas normalmente são feitos por camadas de tecidos da mesma cor – exemplo: renda branca em cima de forro branco, off-white em cima de off-white e assim por diante. Logo, a textura não se destaca, porque não há nenhum constraste quando tons idênticos são aplicados uns sobre os outros. O brilho chega e cria textura, profundidade e tridimensionalidade. Resultado: até nas fotos os detalhes do vestido aparecem mais só por conta do brilho, recomendo!

Voltando aos sapatos com brilho, não é proibido usá-los quando o vestido tiver pontos de luz ou até mesmo bordados cheios. O sapato é o local mais legal de brincar com o brilho por ser o mais “escondido”. Fica sofisticado trazer um leve ponto de luz nos pés e combina perfeitamente com a luz do dia ou da noite. Menos um mito para prender suas escolhas, eba! =)






3 – Saltos baixos são mais confortáveis

Eu usei a palavra “confortáveis” de propósito mesmo. Porque essa é uma das requisições mais assíduas das noivas que visitam meu atelier: “quero um salto baixo por conforto”. Acontece que,conforto é ter um sapato que não cause bolhas, machucados, apertos e calos. Saltos baixos podem machucar seu pé dependendo da fôrma e não do salto. Assim como saltos altos podem abraçar seus pés e conterem uma plataforma chamada meia-pata, que compensa a inclinação da maior altura do sapato. A meia-pata traz o chão para perto do pé e a curvatura passa a ser a mesma de vários saltos baixos.

Portanto, tenha em mente a verdadeira inclinação do seu pé e não o tamanho do salto. Um salto 9,5cm com meia-pata de 2,5cm produz uma curvatura igual a de um salto 7cm, considerado de médio a baixo.

A única diferença entre saltos verdadeiramente altos em relação aos baixos é o cansaço. Sim, você poderá cansar mais rapidamente em uma curvatura maior que uma menor, é óbvio. Especialmente se não tiver costume de usar salto alto. Mas cansaço não deve ser o único fator levado em consideração quando da escolha do sapato de noiva, e nem deve ser o prioritário. Porque é normal sentir fadiga após horas em pé, até mesmo descalça. A minha recomendação é: experimente todos os saltos e tipos de sapatos (scarpins, peeps, sandálias, etc) para saber qual deles se adequa melhor ao seu tipo de pé e o deixa mais firme, sem grandes apertos, sem machucados e bolhas. Cansar você irá mesmo, e será sinal de festa bem aproveitada, mas sem nenhum resquício de machucados no pé. 







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